A sequência de resultados ruins no Brasileiro já acendeu a luz vermelha no Botafogo. Até algumas semanas atrás, a equipe apostava que a falta de sorte logo passaria e que a recuperação viria a curto prazo. Mas não é o que se tem visto. Em 19º lugar na competição, o clube vive sob a apreensão de um novo rebaixamento, ameaça presente no imaginário de seus torcedores e dirigentes. Temem pelo que já ocorreu em 2002 e 2014.
Isso se acentuou nessa quarta (30), com a derrota para o então lanterninha do Brasileiro – perdeu para o Bahia por 2 a 1, no Rio. Por tudo isso, a situação do técnico Paulo Autuori ficou bastante delicada. Em que pese seu prestígio no Botafogo, desde que comandou o time na campanha do título nacional de 1995, ele corre sério risco de ser afastado do cargo.

A torcida alvinegra tem protestado contra dirigentes, atletas e comissão técnica e promete novas manifestações. Na manhã de domingo (4), o Botafogo vai enfrentar o Fluminense, no Engenhão, pela 13ª rodada do Brasileiro, e seu jogadores certamente vão estar com os nervos à flor da pele. Até agora, em 12 partidas, o Alvinegro só venceu uma vez, empatando oito e perdendo três.
Em 2002, quando de sua primeira queda para a Série B, o Botafogo venceu apenas seis jogos em 26 – na época, o Brasileiro ainda era disputado no modelo antigo, com primeira fase, quartas de final, semifinal e final. Durante aquela trajetória, teve quatro treinadores: Arthur Bernardes, Abel Braga, Ivo Wortmann e Carlos Alberto Torres.
Em 2014, o golpe também foi intenso, pois em 2013 o clube havia disputado a Libertadores após 18 anos de ausência. Em 37 partidas, perdeu 22. O segundo rebaixamento veio em meio à invasão da torcida em treinos, contratações malfeitas e acúmulos de salários atrasados.
Fonte: Terra